Tutu Lovers - A "Fábrica Mágica de Tutus" comandada pela bailarina e designer Michelle Ghidotti

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Aos 3 anos Michelle Ghidotti Ciepielewski iniciou seus estudos de ballet clássico formando-se em 1991 pela Escola de ballet Pássaro Azul, e em 1995 pela Escola Municipal de Bailados do Teatro Municipal de São Paulo. Se especializou em várias escolas em diversos países, como na Escola do Teatro Bolshoi na Rússia.

Em 1997 inaugurou sua escola de ballet Clássico em São Paulo onde lecionava e coreografava.

Em 2001 sua mãe Vera Luz Ghidotti abriu um ateliê para confeccionar figurinos de ballet para sua escola. E foi neste período que o ateliê começou a crescer e a ficar conhecido.

Com o crescimento e a falta de mão-de-obra, Michelle iniciou seus estudos em cursos livres de corte e costura para ajudar sua mãe. Em 2011, com foco em aprimoramento, ingressou no Centro Universitário Senac em São Paulo e cursou Bacharelado em Design de Moda em Modelagem.

Ampliou seus conhecimentos sobre os corpos dos bailarinos, criando uma modelagem apropriada aos movimentos. Criou um tutu prato 50% mais leve que um normal, dando fluidez à bailarina.

Em 2015, formada com o titulo de Pedagoga e Designer de Moda, criou um método próprio de ensino para confecção de figurinos de ballet.

Michelle, uma das características de seu trabalho que me chamou a atenção foi o seu feito de deixar os tutus 50% mais leves. Como você desenvolveu esse método?

Um tutu de ensaio pesa em media 300 gramas e um tutu bordado pode chegar a 500 gramas. Entrei na faculdade de bacharelado em design de moda - modelagem - e com a minha experiência como bailarina durante 35 anos, percebi a necessidade do bailarino utilizar uma roupa mais leve. O material usado é o filo engomado, barbatana de 4mm em aço e tecido com elastano.

Você também é pedagoga da área. Para que tipo de público ministra as aulas de costura?

Além de pedagoga, também sou formada em Design de Moda. No meu TCC, criei um método de ensino da construção do tutu de ballet.

Ainda não estou ministrando aulas de tutu, mas pretendo fazer um livro sobre a construção de figurinos, ou ministrar cursos sobre esse assunto.

Sobre a marca Tutu Lovers. Você tem planos para franquias, ou licenciamentos?

Começarei a vender online este ano. Mas pretendo crescer sim, quem sabe franquias. Acho que tenho esse perfil.

O que você considera importante abordar no seu trabalho?

Hoje em dia existem muitos figurinistas, mas poucos conhecem a arte do ballet. Eu passei por isso, ser uma bailarina, enfrentar as bolhas, as dores, ouvir muitos “nãos” em audições. Ser uma bailarina em nosso pais não é fácil... Este setor é amplo e existem muitas costureiras, mas sem qualificação para confeccionar um figurino de ballet. Foi por isso que surgiu essa minha ideia, de passar os meus conhecimentos como bailarina, e agora como designer.

Atualmente dou workshops, organizo audições de ballet para escolas internacionais, faço juri em vários festivais de dança e gerencio junto com a minha mãe o ateliê Tutu Lovers.