A Dança e a Inclusão de Alunos com Necessidades Especiais

Este artigo propõe analisar e refletir sobre o ensino da dança com alunos portadores de necessidades especiais...


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Proponho uma reflexão sobre a dança, compreendendo-a como um processo educativo e inclusivo capaz de propiciar o ganho de conhecimento a partir de experiências vividas com pessoas Portadoras de Necessidades Especiais (PNEs).

A dança, considerada como um dos conteúdos da educação física, é uma linguagem da arte que expressa diversas possibilidades de assimilação do mundo. É uma das expressões significativas que integra o campo de possibilidades artísticas, contribuindo para a ampliação da aprendizagem, a formação humana e qualidade de vida das pessoas.

Comprovadamente, esta atividade tem se assegurado como fator preventivo e de manutenção para um bom funcionamento do organismo das pessoas, pois, segundo Oliveira et al. (2002), a linguagem da expressão corporal e da dança se manifesta, e é percebida em vários níveis simultâneos.

A dança e a inclusão

Para Achcar (1998, p. 14) a dança na vida do ser humano é fundamental, tanto para sua formação artística quanto para sua integração social. Tudo porque ela desenvolve os estímulos de seus praticantes como:

Tátil

Sentir os movimentos e seus benefícios para seu corpo.

Visual

Ver os movimentos e transformá-los em atos.

Auditivo

Ouvir a música e dominar o seu ritmo.

Afetivo

Emoções e sentimentos transpostos na coreografia.

Cognitivo

Raciocínio, ritmo, coordenação.

Motor

Esquema corporal.

As atividades propostas visam o desenvolvimento da coordenação motora, equilíbrio e flexibilidade.

A dança possibilita trabalhar aspectos como a criatividade, musicalidade, socialização e o conhecimento da atividade em si, contribuindo assim, na consciência corporal, comunicação, bem-estar, entre outros benefícios.

Falando sobre a inclusão social, a dança é um meio de promover a socialização, o respeito, o direito à individualidade, limites, entre outros quesitos que são explorados nos PCNs (BRASIL, 2001). Mas, para que isso aconteça de forma adequada, é preciso formação para os professores, e oferecer condições ideais para qualquer tipo de aluno com necessidade especial.

Acredita-se que esta atividade física é uma das formas que o indivíduo tem de desenvolver interesses e potencialidades "sufocadas" por algum tipo de necessidade especial ou não. Para Marques (2010), a dança hoje é percebida por seu valor em si, muito mais do que um passatempo, um divertimento ou um ornamento. Na educação, ela deve estar voltada para o desenvolvimento global da criança e do adolescente e favorecer todo tipo de aprendizado que necessitam.

Para Lima e Bosque (2010), ensinar a dança para pessoas cujo corpo apresenta uma deficiência é muito importante. Todavia, é preciso ressaltar que a palavra ensino tem que ser colocada como a ação do professor em despertar e orientar o aluno para o movimento, deixando-o livre para desenvolver qual o gesto adequado para expressar como o aluno percebeu e percebe aquilo que lhe é proposto. E, não aquele ensino, que vem do comando do que deve ser feito, que imprime um modelo, que se antecipa autoritariamente, definindo qual gesto é harmonioso, para a justeza do movimento.

Uma maneira bem eficiente de se trabalhar a dança com alunos especiais, é utilizá-la de forma educacional recreativa, sendo uma excelente forma de estabelecer a saúde, aptidão física, autoconfiança, equilíbrio emocional, integração social, entre outros benefícios, por ser um método que não se preocupa com a técnica, mas sim, propõe que as pessoas adaptem os exercícios ao seu dia-a-dia, seu meio, proporcionando liberdade de movimentos.

A dança agregada às atividades de Educação Física adquire um papel imprescindível na formação dos indivíduos na medida em que pode estruturar um ambiente facilitador e adequado, oferecendo experiências que vão resultar não somente como um grande auxiliar de seu desenvolvimento motor e cognitivo, como também contribuir para a inclusão social ao passo que estimula o aumento em sua autoestima, tornando-o confiante e impulsionando-o a buscar novas experiências.

Constatou-se, durante o estudo, que a aplicação das atividades de dança nos alunos com necessidades especiais tem dado resultados significativos, não apenas no aspecto afetivo e de socialização, mas também no aspecto cognitivo. Agindo em conjunto com outras atividades que a escola especial oferece, a dança vem somar ainda mais para o bem-estar destas pessoas.

O desenrolar de uma afetividade saudável pode integrar algumas etapas do processo cognitivo. Há que reconhecer que a inteligência é um fenômeno complexo em que intervêm processos de integração no âmbito visceral, afetivo e cognitivo.

Pode-se analisar o crescimento e o desenvolvimento motor, cognitivo e afetivo, tais como: descoberta dos próprios movimentos, alegria e motivação, sem esquecer a formação para a vida social dentro e fora do alcance dos muros escolares.

Não há dúvida que a dança é uma maneira prazerosa de utilizar o corpo para conhecer sentimentos, sensações e emoções, expressar e transmitir o estado de espírito dos sujeitos, especialmente o individuo com necessidades especiais. Podendo ser de grande importância para o desenvolvimento motor do indivíduo portador de alguma deficiência ou não, pois o contato com a dança possibilita os mais variados estímulos para a experimentação de movimentos, enriquecendo e auxiliando o desenvolvimento corporal dos alunos.

Conclusão

Enfim, quando dançamos oportunizamos ao corpo novas experiências, proporcionando-lhe o acesso a uma linguagem própria, pois um corpo dançando sempre quer comunicar, e sempre se comunica com quem o assiste.

E, a partir do casamento das nossas experiências perceptivas e simbólicas é que promovemos um diálogo com o mundo, criando nosso próprio estilo de ser, favorecendo um olhar crítico e reflexivo, tornando os sujeitos mais atuantes na sociedade em que vivem. Com base nessa realidade relatada temos na dança um dos melhores meios para se fazer à experiência de diálogo com o corpo: o nosso próprio e o dos outros, despertando assim, nossos sentimentos, sensações e emoções.

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Artigo original publicado por www.efdeportes.com

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